sexta-feira, 18 de setembro de 2015

V SC 05. O AVIÃO-NAVIO. O DOX ALEMÃO EM CAMOCIM

DOX em pleno voo. Fonte: Jornal "A Esquerda, 03.08.1931, p.2



Camocim, por sua posição estratégica em relação à África e Europa foi um ponto de abastecimento de aeronáutico, num tempo em que a aviação não tinha tanta autonomia e era dominada pela tecnologia dos hidroaviões. No começo do século XX, fomos visitados por vários raids aéreos, dentre eles, o do conterrâneo aviador Pinto Martins em seu voo célebre de 1922 que ligou Nova Iorque ao Rio de Janeiro. Os mais antigos viram zepelins sobrevoando nossa cidade e o incomparável hidroavião alemão Dornier X, tão grande que era chamado de navio voador (foto). A matéria do jornal A Época de  03 de agosto de 1931 traz a notícia de que o referido hidroavião não voltaria mais à Alemanha, posto que fora vendido aos americanos para servir de transporte de passageiros e correio aéreo entre Nova Iorque e a América do Sul, tendo a Argentina como ponto final. Foi nessa viagem da Alemanha para os EUA que o DOX passou por Camocim, cujas memórias já foram contadas por outros escritores. Camocim estava na escala da viagem entre outros pontos como Salvador, Natal, Recife, São Luiz, Belem, Paramaribo, Miami, dentre outros. Como afirmam os testemunhos da época, a passagem do DOX por Camocim causou alvoroço, posto que foi o único lugar do Ceará que ele amerrisou, para as devidas tarefas de reabastecimento.

Fonte: Jornal A Esquerda, Rio de Janeiro, 03 de agosto de 1931, p.2.
















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