quinta-feira, 5 de março de 2015

BARROQUINHA E CAMOCIM - HISTÓRIAS DA EMANCIPAÇÃO




Praça da Matriz. Barroquinha-CE. Fonte: www.blogwiltonveras.com

Numa sexta-feira, dia 12 de Fevereiro de 1988, no caderno Cidades do jornal O Povo, o jornalista Lúcio Brasileiro em sua coluna espinafrava:

 "Mais um
 Querem tirar Barroquinha de Camocim, quer dizer, vem aí um daqueles irresponsáveis e demagógicos plebiscitos".

Nada melhor do que o tempo para mostrar o quanto nossos juízos de valor, arquitetados no calor da hora ou na ideologização das mentes são volúveis. Não digo que um processo de emancipação de um lugar não comporte interesses políticos, econômicos e até demagógicos e, no caso em tela, todos sabem desses interesses, mas, não fosse esse expediente, como estaria a tosca vila avistada por pescadores náufragos que um dia chamou-se Paço Imperial, tem como padroeira Nossa Senhora dos Navegantes e foi distrito de Camocim até 1988? Hoje, as normas e regras para a emancipação de municípios estão mais rígidas. No entanto, hoje, talvez não se encontre um barroquinhense que veja no ato de criação do município, incentivado por filhos do município mãe Camocim e confirmado pela população de Barroquinha em plebiscito, como o renomado jornalista, que à época julgou ser um ato irresponsável.



Fonte: Jornal "O POVO",  Caderno CIDADE, Sexta-feira, p. 8, 12/02/1988


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