quinta-feira, 28 de abril de 2011

A HISTÓRIA DE CAMOCIM ESTÁ DE LUTO

Morre em Camocim, 28/04/2011 o escritor, memorialista, historiador, Artur Carneiro de Queirós. Ocupava a cadeira Nº 10 da Academia Camocinense de Ciências Artes e letras. Sendo autor de dois livros: "Recordações Camocinenses e Outras Memórias" e "E a Vida Continua...", além de inúmeros artigos para jornais locais e da capital em décadas passadas.

Amigos leitores do blog, camocinenses espalhados pelo mundo. No momento em que escrevo este comentário, 15:15h chove em Sobral. Hoje, diferentemente dos outros dias, só acessei a net neste momento, o que me impede de estar aí em Camocim para acompanhar as exéquias do nosso ARTUR QUEIRÓS. Estou sentindo sua partida como se o mesmo fosse de minha família, sem acreditar muito de que isso é verdade, sem se dar muito em conta da irreversibilidade finalista do que é nascer e morrer. Hoje, a partida do nosso historiador e memorialista maior não é apenas da família Queirós, mas, deve ser pranteada por todo camocinense. Mas, os homens não só nascem e morrem, eles deixam legados. O legado maior de ARTUR QUEIRÓS, foi ter usado mente e mãos para compor textos fundantes sobre nossa história, principalmente aquela que fala do cotidiano, das tramas políticas, da sabedoria do populacho, da Camocim de outrora. Sei da importância do registro que ficará para sempre gravado pela tecnologia que ajudamos a produzir para o povo camocinense do testemunho de ARTUR QUEIRÓS, pra o blog Camocim Online, mas, creio, que o registro maior foram os "bastidores" daquele dia de domingo que eu e o Tadeu Nogueira nos deslocamos até seu sítio para produzirmos a matéria: sua simplicidade, seu humor, sua veia crítica, o embevecimento e as lágrimas do seu filho, a admiração do amigo Aroldo Viana, para mim foram únicos e que infelizmente não tinham outras câmeras par captar essas emoções. Que a família honre sua memória, preservando sua obra. Que os pósteros tenham a dignidade de perpetuá-la.
Requiescat in pace!

Foto: literario.com.br

3 comentários:

  1. Nesta data 28/04/2001 não só Seu Artur Queirós morreu, mas sim boa parte da História deste município. Em certa entrevista com ele perguntei curiosamnete o que ele gostaria que sua casa fosse após sua morte, Ele respondeu " gostaria que permanecesse da forma como está". Fica claro o desejo de permancer viva sua memória. Agora o que nos resta é concientizar a família que o patrimônio que existe em sua residência, livros, vinil,jornais e etc, não pertence somente a família de Artur Queirós, mas sim de toda a sociedade de Camocim. A idéia que todos nos temos que dar para a família é tornar sua casa em um MUSEU ARTUR CARNEIRO DE QUEIRÓS. Tanto a Acadêmia de Letras, históriadores,Políticos e amigos temos que lutar para fundar o primeiro MUSEU DE CAMOCIM, afinal somos uma cidade rica em história, mas que destruimos todos os dias por falta de iniciativa. A pessoa ilustre que era seu Artur não merece ter uma rua em seu nome, muito menos uma o nome em escola ou praça, merece um título maior um grande memorial que seria sua casa em forma de MUSEU. Que a sociedade camocinense não possa martar grandes homens desta terra duas vezes, na vida e memória, mas todos nos podemos ser simples deuses da terra em salvar pelo menos a memória. A oportunidade é está de fundar o primeiro MUSEU ou me atrevo dizer que se não for agora não será nunca mais.

    “O destino das nações depende muitas vezes da atuação dum homem que enxerga mais longe que os outros”
    [MONTEIRO LOBATO]

    Que todos nos possamos enxergar sua morte como uma oportunidade de tornar viva sua memória.

    Esteja junto de Deus meu Amigo Artur Carneiro de Queirós

    Paulo José. Historiador.

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  2. Parabéns pelo comentário, Paulo. Há muito tempo, quase solitariamente venho falando sobre essa necessidade de preservação da história. Em outro comentário, nosso amigo Fabio me falava do seu desejo em localizar as antigas firmas comerciais de Camocim que funiconaram em antigos casarões. Que os casarões não presicem cair para lembrarmos da história, que nossos memorialistas e historiadores precisem morrrer para serem lembrados. Eu, estarei sempre presente para colaborar com este tipo de iniciativa e espero que estas lembranças que possam aparecer, principalmente de políticos, neste momento de dor, saiam realmente do papel. Digo isso, porque fiz um projeto de incentivo à cultura camocinense em torno da literatura e da história e a atual administração aprovou a lei que criva o Projeto Editorial Carlos Cardeal, mas, quando foi para efetivá-=lo, essa mesma administração negou os recursos. Espero também, fazendo coro ao seu pedido junto à família, que a memória de Seu Artur Queirós, permaneça como um espaço de conservação, preservação e discussão da memória e da história de Camocim.

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  3. Não tenho dúvidas que Camocim perdeu um grande intelectual.Quando criança estudando nesta cidade tive sua viúva Dna.Nazará como minha professora de História.Desde tenra idade aprendi que Artur Queirós era um sábio crítico,polémico de muitas letras.Neste momento de dor para a familia quero que aceitem minhas condolências.Um abraço Nagibe Melo

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